sábado, 19 de março de 2011

SAUDADE ORDINÁRIA



SAUDADE ORDINÁRIA

Saudade ou saudade...
Tu tem saudades de quem?
De quem é a tua saudade, de mim?
Ou se um dia, eu for a ti saudade, serei?
Não saberei, ela é em mim...
feita um rio sem fim, imenso, profundo e...
mudo, de sonhos vadios, sonhadores!
Este sonhar perfeito, no imperfeito,
da razão, do motivo da loucura
Da demência, tão boa e delicada!
No disfarce que eu completei tua vida
Ou completava, não sei, ou parte!
Ou quando eu fiz parte, da tua vida, não sei?
Mas algum dia talvez , só talvez...
Navega como barco, em alguma lembrança!
Que pode ter ficado em ti perdida
Talvez do lado cortesão safado no
Brilho faceiro atrevido, tão sem-vergonha,
Abusado, pecador e desaforado,
Do meu olhar, tão ordinário, amoroso...
E procura a minha borda em ti esquecida
Que bordada, eu deixei, em letras...
No prejuízo que tu foi, quando
eu te devorava, e saboreava, e te adorava
Sem eu nunca te tocar...

Sandra Mello -flor

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