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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
A UM DIA DA ETERNIDADE
Para onde vou não há retorno,
os ventos zunem nas distâncias,
nas lonjuras mais ermas.
Estou a um dia da eternidade.
Mas há ainda um ranger de dentes
das plenas rebeldias.
Teu amor não vem,
teu amor vem tarde,
como a paisagem da janela de um trem
já não vem.
Teu amor
amor tena mesa vazia de um bar.
Esguia e bela,
somes nos nomes
que a paixão não traz.
O que bebo é vinho
e ventania,
loucura dos santos,
que se perderam na procura
do que nunca tive.
És bela,
o desejo é belo,
e basta
LUIS DE MIRANDA para mim
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