segunda-feira, 8 de agosto de 2011

E tenho raiva me mim

Neste silencio da noite onde eu te vejo
E tenho  raiva me mim de ainda de te querer,
Desta  angustia de não te ter
de ainda não ter conseguido te arrancar mim
De pensar em ti, nos meus dias de céu azul
E nas noites longas de véu negro e frio
De sentir ainda a tua falta da tua boca que golpeou
E a  minha saudade grita a me maldizer
nesta dor que rói e passeia nos meus pensamentos
que me enlouquece  do desprezível que foste
de tudo que escutei da tua boca que eu amava
ainda tu se faz presente em mim
Como um punhal cravado em meu coração
na ultima visão dos meus olhos
nos teus, e no ódio que senti
no choro que não dominei
De ver a tua frieza, excretando
Dos meus sonhos que naquele instante
roído, despedaçados
onde tu me fizeste sentir como um trapo sujo
um nada de um nada que fui sempre
e que todo amor que eu achei que tinha
era ilusão e ali  morreu

Sandra Mello flor






















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