quarta-feira, 31 de março de 2010

FOLHAS




Folhas que vagam sem rumo,
Sopradas do mais infinito de mim ....
Levando meus segredos, o meu amor doído
Fazendo barulho, barulhentas folhas....
Que esvaziam a minha solidão, em palavras ...
barulhentas folhas, dos caminhos do meu coração...
Barulhentas folhas soltas, rabiscadas de melancolia...
Nas retas e curvas, a levar segredos, a desnudar meus sonhos
A buscar mistérios, do derramar da alma,
De uma simples vida, no desfolhar de uma flor
Folhas que vagam, barulhentas folhas
Sobre as minhas noites de lua,
Das noites sem lua, do meu chão de estrelas
Do meu céu de cometa...
Dos meus dias de sol de encabulado,
De dias de chuva gelada, de chuva fina
de infinito céu azul, com nuvens faceiras....
Folhas que vagam barulhentas folhas
Nos meus ventos ligeiros, nos meus ventos mornos
Dos meus olhos chorosos, dos meus amores,
Onde deixo cair nelas, em versos molhados, a minha saudade
A minha eu perdida, nestas barulhentas folhas

Sandra Mello -flor

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